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Leitura de obras contemporâneas e conceito individual de “boa arquitetura”

24 de novembro de 2009 Deixe um comentário

Por MATEUS TROIAN DANIELI

Entendo como boa arquitetura, aquela em que o criador consegue transmitir um sentimento e um significado para a sua obra/projeto. Além disso, a boa arquitetura, vem acompanhada de bons feitos quanto as condicionantes do lugar e o conceito no qual está inserido. Não deve apelar, através de beleza ludibriante, falso discurso e conceito. Precisa transmitir a simplicidade da beleza, funcionalidade, conforto e segurança, para se fazer boa arquitetura. E mais do que isso, precisa ser um lugar onde se possa respirar.

OBRA: Teatro Municipal de Natal-RN

Vencedora do Concurso do novo teatro municipal.

Projeto: Arq, Mario Biselli & Arquitetos associados.

observações: contém 5 salas de teatro.

ANÁLISE:

De maneira convincente a obra se impõe no terreno. A forma implantada se conforma ao terreno, criando espaços de convívio e contemplação, onde, sem grandes dificuldades, possa se fazer a leitura, da mesma, sem grandes dificuldades.

Fonte: Mário Biselli

O fechamento, em metal trabalhado com furos, permite a passagem de ar e luz, para dentro dos saguões, que ajudam a reduzir os impactos do sol forte e do clima úmido na região, que possuí a média de 28ºC durante o ano todo. Além disso, consegue transmitir leveza, em uma forma que traz consigo um peso, extraído de suas linhas retas. A noite, consegue o seu destaque maior, graças aos efeitos cênicos da luz do seu interior que saí pelas aberturas de metal. Remetendo com isso, o seu uso final.

Vista externa a noite.

vista interna dos saguões

corte

Arquiteto: Álvaro Siza

Obra: Fundação Iberê Camargo – Porto Alegre – RS

Por: Luiz Paulo E. Gallon

O edifício-sede da Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, é um marco para a arquitetura brasileira. Ainda em projeto, ganhou em 2002 o Leão de Ouro, prêmio máximo da Bienal de Arquitetura de Veneza, e foi pauta de inúmeras publicações especializadas antes mesmo de ficar pronto. Lançando mão de inovações técnicas, como o uso do concreto branco, ele soma a impecável execução ao uso nobre: abriga uma coleção de obras-primas do artista plástico Iberê Camargo. Se isso não bastasse, é a obra-prima de um dos mais aclamados arquitetos de nosso tempo. (Arcoweb).

fonte: arcoweb

fonte: arcoweb

Como a porção plana do terreno era pequena, Siza verticalizou o edifício e deixou a mata intacta. Na parte mais profunda disponível criou o volume principal, com térreo e mais três pisos destinados às salas expositivas, em configuração clássica (muitas paredes, sem aberturas, luzes apropriadas etc). Cada andar tem três salas seqüenciais. Elas formam um L, em cujas extremidades foram implantadas as circulações verticais (escadas e elevadores) e que teve o quadrante restante destinado a um vazio que dá caráter monumental ao diminuto espaço. (Arcoweb).

fonte: arcoweb

A chave do projeto foi o percurso em rampa entre os pisos, que deixa contínuo o espaço para visitação. Se ela somente contornasse o vazio, não seria suficiente para vencer o pé-direito entre os pavimentos. Assim, através de um engenhoso e original desenho em ziguezague, Siza criou dois lances de rampa: um dos trechos é externo, irregular e em túnel; o outro acompanha a sinuosidade do vazio do átrio. (Arcoweb).

Todas as áreas de apoio (acervo, auditório, biblioteca, equipe etc.) foram acomodadas no subsolo. Para amenizar a escavação (o lençol freático é alto) e criar uma relação confortável com a via expressa, Siza elevou o térreo em 1,4 metros. O acesso de serviço – também local de carga e descarga de obras de arte – é realizado por trás, numa doca estrategicamente localizada a fim de ligar todos os pisos com um elevador apropriado a grandes formatos. (Arcoweb).

fonte: arcoweb

Internamente, as paredes e forros são de gesso, o que possibilita a passagem de instalações. O espaço entre o gesso e o concreto forma um colchão de ar, preenchido por lã de rocha, isolante termoacústico. A umidade e a temperatura interna do edifício são monitoradas. As entradas e saídas de ar-condicionado são discretamente posicionadas em vãos baixos e compridos, no rodapé e no forro. Tal como desejava o conselho da fundação, todos os aspectos museográficos foram atendidos de forma eficiente. (Arcoweb).

O tanque de retenção de água que circunda o subsolo do museu tem condições de, se necessário, absorver índices pluviométricos iguais aos da enchente de 1941, a maior já registrada no Rio Grande do Sul. Isso para proteger o valioso acervo, que será todo instalado no pavimento subterrâneo. (Arcoweb)

. O edifício possui ainda sistema de aproveitamento de águas pluviais – utilizadas nos banheiros, o que gera economia de até 40% – e uma estação de esgoto que trata resíduos sólidos e líquidos. A mata que faz às vezes de pano de fundo do museu – criando o contraste desejado por Siza – recebeu projeto de José Lutzenberger. Dentro da massa arbórea, há 200 metros de trilhas, que podem ser percorridas pelos visitantes. (Arcoweb).

A boa arquitetura contemporânea, não deve ser apenas bonita para quem a contempla, mas também e principalmente, deve ser funcional e agradável para seus usuários. E isso pode ser percebido nesta obra de Álvaro Siza, onde diversas soluções inusitadas foram adotadas, fazendo com que a obra se torne perfeita para a função a qual lhe é creditada.

Arquiteto: Márcio Kogan

Obra: Casa Du Plessis

Projetar uma casa tradicional, com telhas de barro na cobertura, era algo que não estava nos planos do arquiteto Marcio Kogan, inclinado a idéias mais ousadas. Mas, quando foi convidado para idealizar uma casa de veraneio em Paraty, RJ, soube que uma das regras do condomínio determinava que todas as casas deveriam ser feitas com esse tipo de telhado. Preocupado em imprimir modernidade e cumprir o regulamento, teve a idéia de criar uma moldura de pedra mineira para cercar os 407 m² de área construída. O recurso, como um efeito especial, deu identidade à residência.

A proposta da casa foge do convencional, principalmente se for considerado o local de implantação. “Ela está no meio de um condomínio com casas tradicionais: com telhado de barro e janelas na fachada. De repente, no meio desse contexto, surge um disco voador”, brinca Kogan referindo-se ao projeto. A residência Du Plessis é composta pela caixa de pedra mineira, totalmente pura e contemporânea, apenas com uma abertura na parte da frente, que emoldura parte da paisagem. Contida na caixa, está uma casa térrea tradicional, com telhado em uma água. Esse resultado ambíguo é algo inusitado em arquitetura e, segundo Kogan, a casa gera bastante polêmica, uns adoram e outros odeiam o que vêem. “Nem imaginava que essa discussão aconteceria”, ressalta.

A implantação da casa acompanha o terreno longitudinal e a parte da frente da residência ficou preservada pel convincente a fachada de pedra. O acesso se dá pela abertura lateral, de onde se vê um pátio com quatro jabuticabeiras, plantadas a pedido do arquiteto. Deste espaço é possível acessar as quatro suítes e a sala de TV, além da sala de jantar, voltada para o terraço e a piscina, nos fundos do terreno. Entre a sala e o terraço existe uma abertura que permite a interligação desses ambientes com a área de piscina e com o jardim – na verdade, uma pequena porção da Mata Atlântica. O arquiteto preferiu criar um muxarabi de madeira para o fechamento das suítes em lugar de recorrer a portas ou persianas convencionais. “Busquei referências na arquitetura local, remetendo ao artesanato em madeira”, conta Kogan. Fechada, a treliça cria um suave filtro de luz natural, do chão ao teto. Outra opção é abri-la totalmente. As demais referências brasileiras encontradas pelo terreno são a pedra mineira da fachada e a jabuticabeira – árvore favorita do arquiteto. Além da madeira de cor quente, os outros elementos criaram um aspecto monocromático proposital. O cinza da pedra mineira, o piso do pátio e mesmo a casca das árvores ajudam a compor esse efeito. Por isso a abertura na fachada – visível a partir do interior da casa – se destaca como uma moldura que enquadra o campo de golfe.

O piso do pátio é composto por uma mistura de seixo, areia e cimento. Até atingir o resultado esperado, o arquiteto fez testes com outros materiais e proporções, pois queria “algo que lembrasse a areia do mar, não muito distante dali”. Do outro lado do terreno, o terraço recebeu cobertura de bambu protegido por teto retrátil de acrílico transparente, o que garante a proteção em dias de chuva. Kogan também criou os projetos de interiores e iluminação. O arquiteto explica que a luz incide de forma indireta e suave, irradiada por arandelas cuidadosamente distribuídas pela casa. Por ser uma residência de veraneio, não há necessidade de focos dirigidos ou grande incidência de luz artificial. Apenas um jogo de luminárias marroquinas se destaca no centro na sala de jantar. Parte do piso do terraço se prolonga acima da piscina. Esse recurso causa efeito de flutuação da casa sobre a água para quem a vê a partir do deck ou do jardim. “Esse tipo de cuidado existe em todos os trabalhos do escritório. A casa é simples no acabamento, porém, na medida exata”, garante o arquiteto.


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REFLEXÃO: arquitetura contemporânea

23 de novembro de 2009 Deixe um comentário

A arquitetura contemporânea, exprime de muitas formas e linguagens as inúmeras possibilidades projetuais que podemos obter, com a enorme gama de materiais e tecnologias disponíveis nos dias de hoje. Assistimos a uma enxurrada de formas, conceitos e embasamentos que muitas vezes nos deixam em dúvida quanto a sua veracidade, ou mesmo, sua capacidade de se tornar um objeto de estudo, digno dos bons resultados. Analisemos então, algumas imagens, obtidas através de uma busca específica na web, sobre arquitetura contemporânea, resgatando na análise pontos de destaque, e ao final disso, iremos exprimir a nossa reflexão sobre a boa arquitetura na contemporaneidade.

BREVE LEITURA DE OBRAS



O edifício causa a uma primeira impressão uma comodidade ao olhar. Pois as suas linhas se abrem para os outros edifícios, que aparentam ser de pelo menos duas gerações distintas. Mas antes de fixar o olho na edificação, o olho é pego pelas linhas horizontais do lado direito da tela, dada pela edificação logo atrás. Ao transpor o campo de visão para o centro da edificação, percebe-se a bela composição que se forma na paisagem. Nota-se o uso de materiais modernos e contrastantes com as outras edificações

Um breve diálogo…

Mateus: E esse aí?

Luiz: Esse aí não, cara…

Mateus: Por quê, mén?

Luiz: Porque parece um ferro de passar roupas…Nesse exato momento, isso aí, parece um ferro de passar roupas.

Ele atraí pela pureza, se comparado aos outros que o cercam. Porém, poderia haver mais equilíbrio se trabalhasse mais a vegetação. Destaque para as suas linhas, que parecem terem sido feitos com uma fiadíssima navalha. Ela nos remete a uma arquitetura industrial high-tech; parece-nos como algo mais comercial, ou seja, apela ao marketing para se estabelecer na paisagem.

fonte: busca web

O edifício deixa transparecer uma adição e subtração de linhas, trabalhadas em um cubo. Aparentemente, nota-se um certo cuidado em relação às aberturas e suas medidas. O concreto, aparentemente, moldado em pranchas de metal, lembra, em muito, os enormes containers de estocagem de material, os quais são protegidos pela sua força e resistência física. A edificação deixa transparecer essa força em seu exterior, nessa primeira abordagem.

O PODER DO PRISMA

fonte: busca web

Após essas rápidas leituras, e muita discussão, vamos abordar e caracterizar um pouco, as pirâmides do Egito. As quais podemos considerar ser a grande prova de como ou quanto, uma edificação pode ser considerada de boa arquitetura, ou não. Pois ela não é apelativa, e não é apenas uma simples massa de modelar, graças aos avanços, adjuntos da tecnologia da engenharia, por exemplo. Ela passa a ser a grande beleza que convence pela sua simplicidade e pela sua soberania, exprimindo um grande mistério quanto a sua força e equilíbrio. Atraí a atenção a uma contemplação indiscutível, pois reflete o máximo e o inexplicável poder arquitetônico, de seu contexto. Muito diferente daquela arquitetura que seduz e ludibria, com produtos que, muitas vezes, fogem do contexto no qual está inserido trazendo consigo uma razão, um conceito, uma significado plausível, indiferente das inúmeras possibilidades construtivas. Devemos então nos lembrar que, às vezes, “menos é mais” (L. Mies van de Rohe). E que a arquitetura seja atraente e misteriosa com as pirâmides, ao mesmo tempo em fique claro a sua relação com o contexto no qual está inserido.

texto: mateus troian danieli

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Arquitetura sem “frescura”

10 de novembro de 2009 Deixe um comentário

A arte moderna, ocorrida no início do século XX, foi responsável por uma espécie de “revolução” em todos os campos, como na música, pintura e também na arquitetura.

No Brasil, o grande “estouro”, pode ser atribuído à semana da arte em 1922. Que ficou marcada até hoje, graças aos trabalhos apresentados, que foram impactantes para a sociedade acostumada com a mesmice que havia se instalado nas artes. Essa grande revolução ocorrida nas artes, foi significativa para a produção arquitetônica.  Naquele momento, a luta dos arquitetos era transmitir a pureza e praticamente eliminar o ornamento. Para quem está lendo agora, e não sabe o que é um ornamento, aí vai uma dica: ornamento pode ser associado a um “enfeite”, como por exemplo, uma linda mulher com seus grandes brincos, colares, pulseiras…

Muitas vezes esse excesso de “pinduricalhos” afeta a aparência da mulher, dando-a um aspecto muito artificial. A corrente modernista, tentava justamente o contrário disso tudo, tornar a edificação algo puro e sem “frescuras”.
O ornamento foi muito combatido, pelos representantes da corrente. Um grande exemplo disso, e sem dúvida alguma, o maior arquiteto brasileiro de todos os tempos, conseguiu transmitir em suas obras essa beleza puritana, extraída das formas puras e inspiradas na mulher. Já pararam para pensar se ele tivesse se inspirado na mulher-ornamentada?

O modernismo procurou tratar as partes da edificação de modo diferente, de modo a conseguir um resultado que fosse satisfatório as pessoas, ou seja, a edificação deveria servir à população e não o contrário, passou-se a pensar além da estética e naquela “verdade” obtida através dos tempos. Isso não quer dizer que a parte estética foi esquecida, muito pelo contrário, através da pureza das formas e dos materiais, deram bons frutos, assim como algumas frutas “podres”.

Para exemplificar melhor isso aí vai alguns vídeos.

http://www.youtube.com/watch?v=nIAOvFgYrec

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Um pouco sobre Arquitetura Colonial

6 de outubro de 2009 Deixe um comentário

Olá, amigos leitores, queijeiros, colegas da faculdade, professores, plantadores de batata… enfim, todos vocês que visitam, ou que deixarão de visitar o blog (esperamos que não!), hoje e daqui pra frente o assunto é “Arquitetura no Brasil”.

Calma aí, “não vá embora, fique um pouco mais”, o assunto pode parecer chato, ou mesmo só interessar aos acadêmicos de arquitetura e urbanismo, mas não é. Tenha certeza disso! Preparados?! Let´s rock!

Vamos ver uma foto então, e falar um pouco sobre a mesma.

Ouro Preto-MG - rua estreita

Ouro Preto-MG - rua estreita

Essa foto, tirada em Ouro Preto, nos dá noção de como eram estreitas as ruas, também pudera, naquela época não existiam veículos de grande porte, e o meio de locomoção mais moderno que existia era uma carroça, isso se você era da “high-society”, caso contrário, pernas pra quê te quero! Mas quem sofria mesmo eram os cavalos, bois, burros e os escravos que puxavam essas carroças ladeira abaixo, pois em Ouro Preto, a topografia exige um bom preparo físico, e olha que essa “subidinha” ali, é uma das mais tranquilas. Detalhe, para o corrimão do lado direito da foto. Agora pense um pouco, será que isso existia na época? Pense e responda, mas antes vamos ver mais algumas fotos.

Fonte de água - Ouro Preto-MG

Fonte de água - Ouro Preto-MG

Reparem nas duas tiazinhas do lado da fonte e reflita. Você não está enganado, elas estão ali no maior papo, trocando umas receitas, contando uns causos, falando sobre a bolsa (provavelmente a bolsa nova que uma delas comprou), o preço do feijão: “Uai sô, tu viu Maria, o preço do carioquinha?”. Fofoca da boa! E é isso mesmo, naquela época essas fontes era o ponto de encontro de muitas mulheres, e o atraso de muito almoço! A versão colonial dos “points”, hoje em dia a galera vai no posto de gasolina estaciona o carro e fica tomando uma cervejinha. Ali amarrava-se o cavalo num toco, dava uma água para o alazão e batia um “dedinho de prosa”. Familiar não é mesmo?

Igreja de Nossa Senhora Rosário dos Pretos - Ouro Preto-MG

Igreja de Nossa Senhora Rosário dos Pretos - Ouro Preto-MG

Essa foto mostra a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, também em Ouro Preto-MG. Aí vai uma dica para aquela conversa de bar: Ouro Preto era chamada de Vila Rica. Você pode dizer também que…”essa igreja é um tanto quanto ousada para os padrões construtivos da época, pois apresenta um desenho curvo na sua fachada, diferente de muitas outras…” Além disso, percebe-se a limitação técnica pelas suas aberturas, janelas estreitas e verticalizadas. Sem contar a espessura das paredes, que eram “grossas” mesmo! Pois como você SABE, o sistema construtivo da época era limitado, fazendo uso da alvenaria de pedra ou tijolos de adobe (que pode ser considerado o avô, bisavô, ou mesmo, o pai do tijolo, sendo feitos de terra, palha, água, basicamente…)

Vamos para Congonhas-MG agora. Essa foto mostra o Adro dos Profetas e a Igreja do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos. Novamente, perceba a relação entre as janelas e a parede, ou mesmo, os cheios e vazios. Mas o que chama a atenção mesmo são esses “caras” fazendo umas poses esquisitas, pois bem, esses caras (ou se você preferir chamar de os 12 profetas, o que seria mais prudente) são umas das manifestações artísticas mais importantes do Brasil Colonia, e são de autoria de Aleijadinho. Esse por sinal, pode ser chamado de “O cara”, porque apesar de lhe faltar alguns dedos entre outros, ele conseguiu realizar maravilhas. Agora, imagine se ele estivesse “completo”

Santuário de Bom Jesus de Matosinhos - Congonhas-MG

Santuário de Bom Jesus de Matosinhos - Congonhas-MG

A arte sacra era muito valorizada nessa época, pois era uma maneira de educar religiosamente a população que em sua maioria se tratavam de analfabetos e leigos. Portanto, ao se visitar as igrejas desse período, você poderá afirmar o que está sendo dito aqui. Além disso, podem ser vistos nos forros das igrejas, pinturas que tinham um caráter ilusionista. Sem contar que muitas delas, possuem ouro, muito ouro em suas talhas.

Viu só? Não doeu nada, aprender um pouco sobre arquitetura colonial. O nosso próximo assunto irá abordar a corrente Neoclássica, no Brasil. Isso não quer dizer que vamos deixar de lado a arquitetura colonial.

Voltem sempre 😉

Desafio arquitetônico part I

6 de outubro de 2009 2 comentários

Estamos de volta, para a alegria de vocês, já assim não tão leigos, como antes não é mesmo? 😉 Como vocês já devem estar sabendo o assunto de hoje é sobre a arquitetura Neoclássica, no Brasil, mas não poderíamos discutir esse assunto sem fazer um paralelismo com o período Eclético, pois muitas vezes, nós mesmos nos confundimos quando abordamos o assunto. Ou mesmo estamos diante de uma obra, seja por foto ou na nossa frente. Como diria Galvão Bueno, “ééé teste pra cardíaco amigo!”

É claro que estamos exagerando um pouco, o máximo que vai acontecer é a cabeça ficar quente. A arquitetura neoclássica confunde muitas vezes até os guias turísticos, que por consequência confundem os leigos e até mesmo os acadêmicos! Portanto antes de mais nada, ao visitar Mariana-MG, jamais seja guiado por esse cidadão (o da foto, logo abaixo) de camiseta amarela que está dando uma “aula” de arquitetura “neocrássica”, de acordo com as palavras ditas pelo mesmo, na última excursão dos alunos da Unochapecó, ao interior de MG.

O "guia" é o cidadão de camiseta amarela no canto superior esquerdo

O "guia" é o cidadão de camiseta amarela no canto superior esquerdo

De acordo com o “Guia” essa igreja, que você vê, é “neocrássica”, agora pergunto, para você amigo leitor, aliás, desafio você a identificá-la, e responda nos comentários a sua opinião, valendo uma bala de canela, para as 10 primeiras e mais sinceras respostas. O tio Google pode dar uma mãozinha. Mas antes de ir, dê mais uma olhadinha 😉

Igreja Neoclássica?

Igreja Neoclássica?

Opa! parece que você não foi…ah tá, quer saber um pouco mais não é mesmo? Então a dica é a seguinte: o neoclássico possuí elementos da arquitetura clássica, como o frontão, colunas, simetria entre outros…Que também podem ser encontradas na arquitetura eclética. Agora deu um nó na cabeça, o Tico e o Teco estão num impasse. O que podemos adiantar, é que a arquitetura eclética é uma mistura de estilos arquitetônicos de vários períodos. E já que estamos numa espécie de loteria, aí vai mais um desafio: e sobre essa outra edificação, ela é o quê? Colonial? Neoclássica? Eclética? Vamos lá, participe e responda, as melhores respostas concorrerão a um pastel de carne! YES, WE CAN!

Jockey Club Campineiro em Campinas-SP

Jockey Club Campineiro em Campinas-SP

PS.: Não deixe de utilizar os links que selecionamos como referência.